Temáticas para esta edição:

“ARTES EM DIÁLOGO COM A COMUNIDADE: CRIAÇÃO PARTILHADA E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL”
As práticas artísticas desenvolvidas em contextos comunitários têm vindo a afirmar-se como espaços privilegiados de encontro, expressão e transformação social. Através da música, do teatro, da dança, das artes visuais, da performance ou dos media, multiplicam-se projetos que envolvem ativamente cidadãos na criação artística, promovendo a escuta mútua, a construção de sentidos coletivos e o fortalecimento das redes sociais locais.
Esta área temática propõe uma reflexão crítica sobre os modos como diferentes linguagens artísticas podem contribuir para processos de desenvolvimento comunitário, inclusão, regeneração cultural e participação cidadã. Interessa valorizar práticas interdisciplinares, metodologias colaborativas e abordagens que coloquem as comunidades no centro da criação artística, reconhecendo os seus saberes, histórias e territórios.
Aceitam-se propostas que abordem, entre outros temas:
Projetos de criação artística colaborativa desenvolvidos com comunidades locais;
Práticas interartísticas em espaços não convencionais (escolas, associações, centros de dia, espaços públicos, etc.);
Parcerias entre artistas, educadores e instituições para o desenvolvimento cultural dos territórios;
Metodologias participativas na música, dança, teatro, artes visuais ou media digitais;
Estudos de caso que documentem impactos sociais, culturais ou educativos de práticas artísticas em contexto comunitário.

“ARTES E INCLUSÃO EDUCATIVA: CONTRIBUTOS PARA A EQUIDADE E DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA”
A educação inclusiva assume-se hoje como um princípio estruturante das políticas e práticas educativas contemporâneas, promovendo o direito de todos à aprendizagem e à participação plena. Neste contexto, as artes oferecem recursos únicos para acolher a diversidade, expressar subjetividades e fomentar contextos de aprendizagem diferenciados, sensíveis e equitativos.
Esta área temática propõe um espaço de reflexão e partilha de práticas, investigações e modelos pedagógicos que explorem o potencial das artes — nas suas múltiplas linguagens — para responder às necessidades e especificidades de todos os alunos, com especial atenção àqueles em situações de vulnerabilidade, exclusão ou com necessidades educativas especiais.
Aceitam-se propostas que abordem, entre outros temas:
Estratégias pedagógicas inclusivas através da música, dança, teatro, artes visuais ou media digitais;
Experiências com alunos com deficiências, transtornos de aprendizagem ou outras necessidades específicas;
Projetos que promovam a equidade e justiça social em contextos artísticos e educativos;
Acessibilidade artística e cultural: práticas, ferramentas e políticas;
Investigação-ação e estudos de caso sobre inclusão nas artes e educação artística especializada.

“CRIAR A PARTIR DA AUTONOMIA: ARTES, MEMÓRIA E IDENTIDADE NOS 50 ANOS DA AUTONOMIA DOS AÇORES E DA MADEIRA”
Em 2026 assinalam-se os 50 anos da aprovação dos Estatutos Político-Administrativos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, momento fundacional dos regimes autonómicos que redefiniram o lugar destas ilhas no contexto nacional. A autonomia política foi acompanhada, nas últimas décadas, por um crescente investimento cultural, educativo e artístico, onde as artes desempenharam um papel central na afirmação de identidades insulares plurais, dinâmicas e em constante reinvenção.
Esta área temática convida à reflexão sobre as práticas artísticas enquanto formas de leitura crítica da história, construção de memória coletiva, valorização do património e expressão das especificidades culturais dos arquipélagos. Procura ainda promover o diálogo entre criação contemporânea e tradições locais, entre políticas públicas e vozes artísticas, entre insularidade e cosmopolitismo.
Aceitam-se propostas que abordem, entre outros temas:
Práticas artísticas que interrogam ou celebram a autonomia regional e a identidade insular;
Projetos educativos e culturais com enfoque nos contextos históricos, sociais e geográficos dos Açores e da Madeira;
Relações entre artes, território e políticas culturais em contexto autonómico;
O papel das instituições artísticas e educativas na consolidação da autonomia cultural;
Perspetivas contemporâneas sobre insularidade, memória e criação artística.